A reunião do Conselho Mundial da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), realizada nesta quinta-feira em Paris, fez uma verdadeira revolução para a temporada 2010 da Fórmula 1. Por razões econômicas, a entidade confirmou a proibição do reabastecimento. Ao mesmo tempo que decidiu cortar gastos, o conselho também definiu que o teto orçamentário proposto para o ano que vem na F-1 será aumentado para 40 milhões de libras (cerca de R$ 128 millhões) e que 26 carros poderão disputar a categoria.
A princípio, a FIA planejava propor teto de 30 milhões de libras (R$ 96 milhões). No entanto, um maior valor foi definido e poderá ser utilizado a partir do próximo dia 1º de janeiro até 31 de dezembro de 2010 e servirá para todas as despesas das equipes, com algumas exceções. A principal delas é que o valor dos motores não estará incluso neste orçamento.
Os fatores que as equipes conseguirem demonstrar não fazer relação com o desempenho na pista também não serão levados em conta. Planos de marketing, hospedagem, salário dos pilotos, multas e outras penalidades impostas pela FIA estão excluídas do orçamento. A FIA prometeu que as equipes que optarem pelo teto terão mais liberdade técnica para competir com times no mesmo nível. Isto inclui asas traseiras e dianteiras ajustáveis e um motor sem limite de giros.
Outra medida importante tomada em Paris foi a proibição do reabastecimento durante as etapas da próxima temporada. A decisão foi tomada de acordo com critérios financeiros. "Fica confirmado que, a partir de 2010, o reabastecimento durante uma corrida será proibido, com o objetivo de economizar custos no transporte de aparelhos para abastecimento, além de incentivar os construtores a melhorar a economia de combustíveis", afirmou a FIA, através de um comunicado.
Além do reabastecimento, as mantas usadas para aquecer os pneus também foram abolidas. A possibilidade de colocar combustível nos carros durante as corridas foi retomada na categoria em 1994, após o reabastecimento ser banido nos anos 80 por falta de segurança.
A Fórmula 1 poderá ter no máximo 26 carros e não mais 24 como antes. A decisão permite que três novas equipes surjam já em 2010. O chefe da categoria, Bernie Ecclestone, concordou em dar apoio às novas equipes que entrarem na F-1 e pagar cerca de dez milhões de dólares para cada escuderia estreante por ano. Além disso, será oferecido transporte gratuito para os dois carros do time e mais dez toneladas de carga para cada corrida.
Ecclestone também disponibilizará 20 passagens de avião em classe econômica, para que as equipes possam levar seus times às corridas realizadas fora do continente europeu. Os pedidos para inscrição de novas equipes serão abertos entre os dias 22 e 29 de maio, e a entidade deverá anunciar a lista de candidatas no dia 12 de junho
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