As graves crises administrativas que atingem Caterham e Marussia vão ter consequências diretas nas próximas etapas da F1, que marcam também a reta final da temporada 2014. Com os dois times fora, os grids dos EUA e do Brasil contarão com apenas 18 carros, marca que não era tão baixa desde 2005, no GP de Mônaco, quando a BAR foi suspensa por duas corridas devido a problemas no tanque de combustível.
voltando no tempo, outros casos também aconteceram nos últimos 14 anos. O GP do Brasil teve o menor grid da temporada 2000. Apesar de 11 equipes marcarem presença na classificação, a Sauber resolveu não correr. Por questões de segurança envolvendo um possível defeito nas asas dos carros, o brasileiro Pedro Diniz, que largaria em 20º, e o finlandês Mika Salo, que sairia do último posto, sequer iniciaram a prova em Interlagos.
Em 2002, duas foram as situações em que o grid foi reduzido. Originalmente com 22 carros, apenas 19 largaram no GP da Espanha, quinta etapa do campeonato. Rubens Barrichello, com problema na caixa de câmbio, e as duas Minardi, de Mark Webber e Alex Yoong, retiradas da disputa por problemas na asa que poderiam causar riscos aos pilotos, ficaram de fora da prova. Michael Schumacher venceu, seguido por Juan Pablo Montoya e David Coulthard.
A segunda ocasião aconteceu em Magny-Cours. Os carros da Arrows de Frentzen e Enrique Bernoldi foram barradas na regra dos 107% na classificação, junto com a Jordan de Fisichella, que sequer marcou tempo na sessão. Montoya foi o grande vencedor da etapa, seguido de muito perto pelas Ferrari de Schumacher e Rubens Barrichello.
2005 ficou marcado por três provas com grids reduzidos. As etapas da Espanha e de Monte Carlo vieram apenas 18 carros saírem para a disputa. Isso por conta das irregularidades nos carros da BAR, equipe que era defendida por Jenson Button e Takuma Sato. O time sequer pôde participar das atividades, por uma punição dada à equipe por não respeitar o limite mínimo de peso desde a etapa em Ímola.
Contudo, a corrida mais marcante aconteceu em Indianápolis. Na ocasião, o Mundial de 2005 ainda vivia uma guerra de pneus entre os japoneses e a Michelin. A borracha francesa apresentou sérias falhas já durante os treinos, mas, depois de constatado o defeito, a fabricante também não teve permissão para trocar os jogos de pneus. Por isso, sem conseguir garantir a segurança de seus produtos, todos os seus clientes decidiram não correr no templo do automobilismo mundial naquele 19 de junho de 2005, entre eles a Renault, que liderava tanto o Mundial de Pilotos, com Fernando Alonso, quando o de Construtores.
Desta forma, apenas quem tinha compostos fornecidos pela Bridgestone foi para a prova. Seis carros, o público vaiou muito a decisão dos comissários. Ainda assim, Schumacher venceu, Barrichello foi o segundo e Tiago Monteiro, da discreta Jordan, fechou na terceira colocação, uma volta atrás do líder. Narain Karthikeyan, companheiro do português, foi o quarto. Christijan Albers e Patrick Friesacher, da Minardi, chegaram com duas voltas de atraso, em quinto e sexto.